GONÇALVES, FERNANDA MENEZES & SILVA, JOÃO ANTONIO

O estudo destaca a importância estratégica do manganês, evidenciando suas amplas aplicações na indústria siderúrgica, na fabricação de baterias, na produção de produtos químicos e fertilizantes, bem como no setor de saúde, variando conforme sua qualidade. Além disso, o trabalho discute os desafios enfrentados na sua exploração, tanto no Brasil quanto em âmbito global.
Em 2023, o Brasil destacou-se por possuir a terceira maior reserva mundial e ocupar a sétima posição na produção do minério, com jazidas concentradas principalmente nos estados do Pará, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, reforçando a relevância do país no cenário internacional. O estudo identifica como principais consumidores de manganês a indústria de aço de alta resistência, a produção de baterias para veículos elétricos, o setor químico, o agronegócio e o segmento farmacêutico.
Adicionalmente, analisa-se as tendências de mercado, destacando as oscilações de preços ocorridas entre 2019 e 2024, impulsionadas por fatores macroeconômicos e tecnológicos. As projeções para 2025 são otimistas, com a expectativa de que o consumo global atinja 28,10 milhões de toneladas até 2029. Por fim, o documento evidencia a relevância do manganês para a economia global e propõe estratégias para tornar sua exploração mais sustentável e competitiva, com o objetivo de reduzir a dependência da exportação de matéria-prima bruta e aproveitar as oportunidades geradas pela transição energética global.
Introdução
O minério de manganês é um bem mineral estratégico com ampla aplicação industrial devido às suas propriedades químicas e físicas. Ele desempenha um papel essencial na fabricação de ligas metálicas, baterias, produtos químicos, fertilizantes e até no setor de saúde.
O manganês é encontrado em diferentes teores de pureza, variando de depósitos com alta concentração de manganês a outros com menor teor. A escolha do teor adequado é essencial para atender às exigências de cada aplicação industrial, uma vez que o teor influencia diretamente as propriedades físicas e químicas do material e, consequentemente, sua adequação para diferentes finalidades.
O Brasil se posicionava como o terceiro país do mundo em reservas de manganês (270 Mt), segundo compilação da World Population Review (2023), sendo superado pela África do Sul (600 Mt) e China (280 Mt). Entretanto, em relação à produção, o Brasil ocupava a sétima posição na mesma data, com produção de 620 mil toneladas. Na tabela abaixo é apresentada uma compilação dos oito principais países em reservas e produção de manganês:

No Brasil, as principais regiões produtoras situam-se no sul do estado do Pará, no Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais e na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Variedade e Aplicabilidade do Minério de Manganês



O manganês apresenta-se em diferentes teores de pureza, sendo classificado conforme a sua concentração. A aplicabilidade do minério de manganês depende diretamente do seu teor químico:
- Alto teor (>40%): fundamental para a indústria siderúrgica, pois contribui para a produção de ligas de aço de alta resistência e durabilidade ao desgaste e à corrosão, adequadas à fabricação de componentes estruturais como trilhos ferroviários, maquinário pesado e estruturas de grande porte, devido às suas propriedades dessulfurizantes e desoxidantes. Ligas de aço especializadas, como o aço austenítico com alto teor de manganês, são valorizadas por sua elevada resistência ao impacto e desgaste, sendo ideais para uso em mineração, transporte e construção civil. Este tipo de aço é crucial em ambientes onde o material precisa suportar cargas pesadas e condições adversas, como em máquinas de escavação, trituradores e plataformas de perfuração.
- Médio teor (20%–40%): o tipo de manganês mais comum, possuindo um leque diversificado de aplicações industriais. É amplamente empregado na fabricação de baterias de íon-lítio e alcalinas. O uso de manganês de médio teor é ideal para essas aplicações devido ao equilíbrio entre eficiência e custo-benefício, proporcionando boa estabilidade e capacidade de armazenamento de energia – fundamental para baterias recarregáveis utilizadas em dispositivos eletrônicos, veículos elétricos e sistemas de energia renovável. Além disso, pode ser usado como micronutriente na produção de fertilizantes, auxiliando no desenvolvimento das plantas, especialmente em solos pobres nesse mineral. Na indústria química, é utilizado na produção de permanganato de potássio, um oxidante amplamente empregado no tratamento de água e na purificação de produtos químicos.
- Baixo teor (<20%): possui menor valor de mercado e aplicação limitada a setores específicos. No entanto, com o avanço das tecnologias de processamento mineral, é possível concentrar o manganês de baixo teor e extrair o mineral de forma mais eficiente, ampliando sua viabilidade econômica. Isso possibilita seu uso em ligas para aplicações de menor exigência técnica. O manganês de baixo teor é alvo de pesquisas que visam melhorar a eficiência do seu aproveitamento. Ainda assim, é frequentemente utilizado em misturas de fertilizantes de baixo custo para agricultura e em processos de sinterização, onde pode ser misturado com minérios de alta qualidade para atender às exigências de determinadas ligas.
A diversidade de teores do minério de manganês possibilita sua ampla utilização na indústria, atendendo às necessidades de diferentes setores de forma eficiente e economicamente viável.
Principais Setores de Consumo
Dentre as principais áreas de aplicação do manganês na economia global, destacam-se:
- Indústria Siderúrgica: responsável por cerca de 90% do consumo global de manganês, sobretudo para a produção de aços resistentes e duráveis;
- Indústria de Baterias e Eletrônicos: o manganês é componente-chave no cátodo de baterias de íon-lítio, proporcionando alta capacidade de armazenamento e estabilidade térmica – fatores essenciais para veículos elétricos. Já nas baterias alcalinas, comuns em dispositivos eletrônicos, utiliza-se dióxido de manganês como agente ativo, garantindo maior eficiência e vida útil;
- Indústria Química e de Pigmentos: empregado na produção de reagentes químicos, como o permanganato de potássio, um agente oxidante aplicado no tratamento de água, controle de poluição e na produção de medicamentos. Compostos de manganês também são usados na fabricação de pigmentos, conferindo cores variadas a tintas, cerâmicas e plásticos e garantindo maior durabilidade e resistência ao desbotamento;
- Agronegócio: aplicado em fertilizantes para corrigir deficiências do solo, promovendo o crescimento das culturas e o aumento da produtividade agrícola;
- Indústria Farmacêutica: utilizado em pequena escala na produção de suplementos e medicamentos que fortalecem o sistema imunológico e combatem deficiências nutricionais. O manganês é necessário para processos metabólicos e participa da formação de ossos e tecidos conectivos.
Variação de Preços e Perspectivas de Mercado
O preço do minério de manganês variou significativamente nos últimos cinco anos devido à dinâmica da demanda e fatores macroeconômicos globais. Essencial para a produção de aço e para tecnologias associadas à transição energética, seu preço reflete o crescimento desses setores e as condições econômicas gerais. As tendências futuras para o manganês indicam um cenário de demanda potencialmente elevada, sujeito a fatores geopolíticos e avanços tecnológicos. A seguir, resumem-se as variações recentes e perspectivas de mercado:
- 2019–2020: Em 2019, o preço do minério de manganês apresentava relativa estabilidade, resultado do crescimento moderado da indústria siderúrgica e do aumento do consumo na fabricação de baterias alcalinas e de lítio-manganês. Em 2020, com a pandemia de COVID-19, os setores de mineração e siderurgia foram severamente impactados, reduzindo a demanda global e levando o preço do manganês a cair devido à interrupção das atividades industriais e de construção civil. Com a recuperação gradual da economia global no segundo semestre de 2020, o preço do manganês voltou a subir, impulsionado pela retomada da produção de aço e pela recuperação de setores consumidores, como construção e infraestrutura. A crescente demanda da China, maior consumidora de manganês do mundo, ajudou a impulsionar os preços, que subiram para cerca de US$ 4 a US$ 5 por unidade métrica.
- 2021: Em 2021, observou-se um aumento expressivo na demanda por minério de manganês, impulsionado pela recuperação econômica global e pela alta na produção de aço em diversos países. A demanda por aços de alta resistência e a necessidade de ligas metálicas avançadas elevaram o preço do manganês para níveis significativos, com a cotação atingindo até US$ 6,50 por unidade. Além disso, o crescimento da indústria de baterias – principalmente devido à expansão de veículos elétricos – reforçou a procura pelo metal, consolidando 2021 como um ano de forte valorização para o minério de manganês. O aumento dos custos logísticos e as interrupções na cadeia de suprimentos global, somados às incertezas econômicas, criaram uma oferta limitada do mineral, o que pressionou ainda mais os preços.
- 2022: Em 2022, a cotação do manganês foi marcada por volatilidade, influenciada por fatores macroeconômicos como a inflação global, aumento das taxas de juros e a guerra entre Rússia e Ucrânia, que geraram incertezas e custos adicionais na cadeia de suprimentos. Ao longo do ano, houve oscilações nos preços, com o minério de manganês atingindo uma média de US$ 5,50 a US$ 6,50 por unidade métrica. Apesar das flutuações, a demanda por manganês se manteve firme, especialmente devido à produção de aço e ao crescimento do mercado de baterias. No entanto, a desaceleração econômica global e as pressões inflacionárias impediram uma valorização ainda maior do minério. Ainda assim, a expectativa de longo prazo permaneceu positiva, impulsionada pelo avanço dos setores de tecnologia e energia limpa.
- 2023–2024: Em 2023 e 2024, o preço do minério de manganês estabilizou-se em patamares elevados, acompanhando a recuperação de setores consumidores e a expansão da indústria de veículos elétricos. A demanda contínua por aço – especialmente com investimentos em infraestrutura e energia renovável – manteve o minério de manganês em alta. A procura global crescente pelo metal sustentou os preços entre US$ 6,00 e US$ 7,00 por unidade métrica, refletindo a resiliência do mercado diante de desafios econômicos e logísticos. Com a China e outras economias asiáticas retomando projetos de infraestrutura, e com a Europa e os Estados Unidos aumentando investimentos em tecnologias verdes, a necessidade de manganês seguiu elevada, consolidando uma tendência de valorização no longo prazo. O avanço da reciclagem e do uso de manganês em baterias também favorece uma demanda mais sustentável e inovação no setor.
- 2025 (perspectivas): As perspectivas para o mercado de manganês em 2025 são otimistas, com projeções de crescimento contínuo. Em 2024, o tamanho do mercado global de manganês foi estimado em 23,24 milhões de toneladas, com expectativa de atingir 28,10 milhões de toneladas até 2029, crescendo a uma taxa anual composta de 3,87% nesse período – com a região Ásia-Pacífico liderando em participação de mercado. No Brasil, o crescimento econômico projetado entre 2% e 2,5% pode beneficiar o setor, dada a importância da mineração na economia nacional.
A Exploração de Manganês no Brasil: Desafios e Oportunidades para um Futuro Sustentável




A exploração de manganês no Brasil desempenha um papel fundamental na economia nacional e no setor industrial global. Com vastas reservas e produção expressiva, o país se destaca como um dos principais produtores mundiais e tem grande potencial para ampliar sua participação no mercado internacional.
O cenário para o manganês no Brasil é promissor, impulsionado pela crescente demanda global por aço e por baterias de nova geração – fatores que têm elevado o valor do minério no comércio internacional. Para fortalecer sua competitividade, o país pode expandir sua produção adotando novas tecnologias de processamento, aumentando a eficiência da extração e promovendo um crescimento equilibrado do setor.
Investir na industrialização interna, com foco na produção de ligas metálicas e produtos de maior valor agregado, também desponta como estratégia para reduzir a dependência da exportação de matéria-prima bruta. Essa abordagem não apenas torna a cadeia produtiva mais eficiente, mas contribui para a sustentabilidade do setor, minimizando impactos ambientais e promovendo um desenvolvimento econômico mais robusto e duradouro.
Entretanto, o setor enfrenta desafios significativos. A concentração de reservas, a volatilidade dos preços no mercado global e rigorosas regulamentações ambientais exigem investimentos contínuos em tecnologia e práticas sustentáveis, sob pena de afetar a oferta. Tornam-se essenciais técnicas de mineração mais eficientes, além do incremento da reciclagem e da busca por fontes alternativas, para garantir a sustentabilidade de longo prazo. É fundamental equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, garantindo uma mineração responsável para as futuras gerações.
Apesar do vasto potencial, a exploração de manganês no Brasil enfrenta desafios como:
- Impactos ambientais: a atividade mineradora pode causar desmatamento e degradação do solo. Para mitigar esses impactos, as empresas do setor vêm adotando práticas de compensação e recuperação, incluindo a recomposição de áreas degradadas, monitoramento ambiental e desenvolvimento de tecnologias mais limpas.
- Regulamentações ambientais: o Brasil tem avançado na implementação de políticas para tornar a exploração de manganês mais sustentável. O licenciamento ambiental rigoroso e os planos de recuperação de áreas mineradas são exigências fundamentais para a continuidade das operações. Além disso, cresce o movimento em direção ao aproveitamento de fontes alternativas, como a reciclagem de resíduos industriais contendo manganês. Com o aperfeiçoamento das regulamentações e o desenvolvimento de novas tecnologias, o setor de manganês pode crescer de forma equilibrada, garantindo retorno econômico e preservação ambiental.
- Dependência da exportação de matéria-prima bruta: grande parte do manganês extraído no Brasil é exportada in natura. Embora isso traga divisas para o país, gera uma forte dependência da venda de minério bruto para mercados internacionais, como China e Europa. Por outro lado, surgem oportunidades na agregação de valor, e o Brasil tem se destacado na produção de ligas metálicas de alto valor agregado, o que pode reduzir essa dependência ao longo do tempo.
Diante desse cenário, o mercado de manganês no Brasil segue promissor, com oportunidades de crescimento ligadas à transição energética global e à valorização de minerais estratégicos. Com investimentos em inovação e sustentabilidade, o país pode fortalecer sua posição no setor, garantindo competitividade e desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental.
Conclusão
O minério de manganês se consolida como um recurso mineral estratégico e indispensável para diversos setores industriais, abrangendo desde a siderurgia até a fabricação de baterias, produtos químicos, fertilizantes e produtos farmacêuticos. A qualidade do minério determina sua aplicabilidade, permitindo o desenvolvimento de produtos que atendem a exigências técnicas específicas e reforçando sua importância econômica.
No cenário global, o Brasil destaca-se por suas vastas reservas, especialmente nas regiões do sul do Pará, Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais) e Corumbá (Mato Grosso do Sul), evidenciando o potencial do país. Contudo, apesar de deter reservas expressivas, sua posição em termos de produção ainda carece de avanços para alcançar maior competitividade internacional, enfrentando desafios relacionados à infraestrutura e à necessidade de investimentos em novas tecnologias de processamento mineral e na industrialização interna.
O mercado de manganês, sujeito a variações de preços influenciadas por fatores macroeconômicos e geopolíticos, apresenta perspectivas promissoras para os próximos anos, impulsionado pela crescente demanda por aços de alta resistência e baterias de nova geração. Entretanto, os desafios ambientais e regulatórios, bem como os impactos decorrentes das práticas de extração e processamento, ressaltam a necessidade de um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade.
Portanto, o fortalecimento do setor de manganês no Brasil depende não apenas do aproveitamento eficiente de suas reservas, mas também da implementação de práticas inovadoras e sustentáveis. Investir em novas tecnologias de extração e processamento, além de promover a industrialização interna para agregar valor ao produto final, são aspectos fundamentais para garantir uma posição mais sólida no mercado global. Essas medidas contribuirão para reduzir a dependência da exportação de matéria-prima bruta e fomentar um futuro econômico robusto e ambientalmente responsável para o setor de manganês.
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